sábado, 18 de dezembro de 2010

o Natal já não é o mesmo...

A tradição já não é o que era... O Natal já não tem o mesmo cheiro, o mesmo sabor, os mesmos sentimentos..
Lembro-me do Natal desde que era pequena e sempre se foi modificando ao longo dos anos, como tudo na vida, no entanto ultimamente tem sido muito pior...
Quando eu era pequena, não havia dinheiro para prendas de Natal, então como o meu pai era funcionário dos CTT e havia sempre uma grande festa de Natal para as crianças, filhos dos trabalhadores, no Coliseu, onde para além do espectáculo, dávam umas prendas baratas mesmo, mas eram prendas, eram essas que os meus pais colocavam mais uma vez no sapatinho na chaminé... Sim porque naquele tempo não era a meia de Natal, era o sapatinho que nós colocávamos na chaminé... Esperava como louca pela meia-noite e quando me diziam que podia ir ver a prenda a minha desilusaão era imensa porque tinha a mesma prenda. Lembro-me de um conjunto de tijelas vermelhas que circularam de ano para ano... Mas um dia, eu que andava sempre a ver se descobria alguma coisa para mim, descobri debaixo do guarda-vestidos, embrulhado em papel pardo, uma coisa comprida e com uma parte redonda... Estava lá a minha avó e eu gritava: Vó é uma boneca, vó.... nunca tinha tido nada assim tão grande na vida... Nem dormi mais... Que espanto quando vi aquela boneca de plástico, mas única... Agarrei-me a ela e ainda hoje ao fim de 51 anos a tenho comigo(digo 51 anos porque eu tinha 4 anos quando ma deram). Até estou a pensar em a doar ao Museu dos brinquedos. É o meu cabeçudo.
Hoje em dia os presentes não têm o mesmo significado para ninguém. Acha-se um direito, um frete, uma despesa inútil, uma chatice...
E o cheiro do Natal perde-se, por aqueles que mais amamos.
Quando entrei para o secundário, eu era pobre, muito pobre. O funcionalismo publico não deixava os meus pais com muito dinheiro e então nem havia dinheiro para eu almoçar, quanto mais para aqueles bolos deliciosos que eu via as minhas colegas comerem e eu via... Deviam ser deliciosos... Para almoçar, ajudava as senhoras da cantina para me darem algo para comer... Era uma tristeza... Em trabalhos manuais nunca podia ficar com nada porque os meus pais não tinham dinheiro para pagar os materias... Enfim... No Natal as minhas colegas fizeram-me a maior surpresa da minha vida... Ofereceram-me uma boneca com cabelo!!!!! Que coisa mais linda! Foram extraordinárias! Todas! Foi o natal mais bonito que eu tive.
Quando comecei a ter filhos a minha vida também não era fácil. Esperava muitas vezes que o pai deles troxesse dinheiro para casa na véspera do dia 25 para ir comprar alguma coisa para eles. Mas sempre tiveram o que eu podia dar e com o passar dos tempos, comecei a trabalhar e comecei a dar tudo o que podia e eu nunca tinha tido. A primeira Barbie á minha Filha, o primeiro orgão ao Marco, que adorava tocar... E mais e mais...
O Natal era passado sempre na casa dos meus pais... O cheiro das filhoses de abóbora que a minha mãe fazia depois do jantar, era a espera para o abrir das prendas...
Depois vinha o pior... Uns anos era o meu pai outros o meu marido que bebiam e tinham sempre de embirrar com alguém... Era certo como eu estar a escrever tudo isto... Ou era com o meu Marco ou comigo... Um de nós levava sempre por tabela e atrás disso havia as inevitáveis dicussões e mal estar... paar além das tareias de que eu era vítima. A minha mãe morreu e os Natais começaram a ser na minha casa... Continuava a ser o mesmo... Era sempre um pesadelo e já nos perguntávamos qual ia beber mais ou com quem é que iam embirrar mais nessa noite... O meu marido morreu... E continuou o meu paizinho... Adoro e adorarei sempre o meu velhote, mas muitas lágrimas me fez cair... Por vezes iamos até Tomar a casa da minha irmã, onde se acalmava um pouquito mas, mas era quase sempre uns copitos a mais e o embirrar... até ir para a cama... As prendas eram sempre dinheiro. O mesmo para as 2 filhas e um pouco menos para os netos e genros. Aí eu ainda podia comprar o que queria para os filhos. O meu pai morreu e juntei-me com o Alberto. Agora os Natais são mais calmos, sem o stress com que sempre vivi. Mas o pior é o meu stress pela vida, por tudo que passei na vida, me leva muitas vezes a ser amarga e a dizer coisas que nem queria dizer. E por vezes comparo-me ao meu pai e fico triste porque não o queria fazer.
E o Natal já não é o mesmo... Os filhos não querem prendas querem dinheiro para poderem comprar o que querem... A neta habituou-se ao mesmo. Só posso comprar para o meu netinho e para a minha enteada. O Natal deixou de ser aquilo que eu sempre desejei ter, com amor, paz e muitas prenda. Porque no Natal se não houver prendas não é Natal... Mas prendas que não saibam o que são... Surpresas e o prazer de poder escolher algo para oferecer que nos dê prazer em comprar. E quando falo em comprar não falo da importância , do valor daquilo que se compra mas sim da atitude. Os presentes nao se medem pelo valor ms sim pelo amor com que são comprados. No tempo em que todos os meus mortos eram vivos, houveram fases boas e a arvore de natal era pouca para tantas prendas. A vida hoje não nos permite isso, mas de bom grado o faria novamente. Só para poder ver um sorriso nos meus filhos, nos meus netos e na restante família.
Hoje os doces compram-se não se fazem... Por isso o cheiro do Natal já não é o mesmo...
E a pouco e pouco alguém vai desaparecendo da fotografia de NATAL, até ao dia em vou ser eu a não estar presente...
Aí alguém irá escrever um pouco desta história, pensar na mãe e no pai e desejar tal como eu que eles aqui estivessem nesse dia...Apesar de tudo....
O Natal já não é o mesmo....

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Bruno - Fim de namoro


O Bruno e outra das suas paixões o Surf....
O Bruno....
O Bruno e o amigo Marco
O Bruno e o amigo Fábio
O Bruno acabou tudo com a namorada, ou aliás ela acabou tudo com ela. Depois de cá ter estado a passar as férias, no verão, quando chegou á Alemanha acabou tudo com ele. Queria um tempo, para poderem andar e conhecerem outras pessoas. O Bruno não foi de meias medidas. Marcou viagem e foi para a Alemanha. Só nos disse uns dias antes... Mais uma vez o meu coração saltou do peito com a viagem.... Entretanto andava falando com uma amiga dela, alemã também, que era muito amiga dele. Eu andava tão preocupada, com toda esta situação porque ele não havia dia nenhum em que não chorasse, se abraçasse a mim e desatasse a chorar como um bébé. Todas as noites o ouvia chorar, por um amor impossível... Ela já tinha decidido. Eu sei que o Bruno era ciumento, mas é um miúdo calmo que não gosta de confusões, que só tem aquele grupo de amigos que vem da altura da creche, inseparavéis mesmo e que com eles, aí sim ,ele faz loucuras, mas de miúdos... Uma cerveja, uma vodka, pouco mais do que isso. E ela foi a primeira namorada dele, alguém com quem teve as primeiras experiências sexuais. E isso doi para caramba...
Como eu estava táo preocupada pedi ao meu marido para mandar um e-mail à mãe dela a dizer que ele ia lá. Claro que o coração de mãe doi e doi muito mesmo....
Ela respondeu que não havia problemas desde que ele não os chateasse porque a filha agora estava bem melhor sem ele.
Mostrei tudo isto ao Bruno e pedi-lhe para não ir.... Mas infelizmente os nossos filhos não nos ouvem mesmo. E le foi... Mas pensando melhor a primeira noite foi dormir na casa da amiga dela. Telefonou-me em prantos... E eu longe dele. Foi lá a casa, segundo ele queria uma reconciliação e ia buscar o que lá tinha deixado dele, mas foi bem recebido pelos pais e com indiferença por ela. E sofria... E eu longe...
Pediu-lhe para ir jantar com ela e foram ... Mas mais um balde de água fria... Ela nõa quer mesmo mais nada com ele e para além disso, pediu par ele não lhe ligar nem falar mais com ela. Ela ia dormir para casa de um colega e queria ter novas experiências....
Ele veio completamente destroçado. o primeiro amor, o primeiro contacto sexual...
Estve de rastos semanas a fio e graças a Deus ele tem os amigos das paródias tão inocentes deles, os amigos de semnpre que o acompanharam e não o deixaram sózinho. Dormiram lé em casa, ficaram com ele, sairam com ele....
Isto tudo para lhes agradecer tudo o que têm feito pelo Bruno.
Um obrigado ao Fábio, ao Marco, ao Miguel....
Agora tem uma amiga nova, a Bia, mas sem pensar em namoro nem em mais nada. Ele comentou comigo que não queria ser mais magoado e não quer mais nada com ninguém...
Mas qeu é difícil ter amigas, porque querem sempre algo mais e ele não está preparado para isso de novo, não agora.
Com o tempo tudo irá mudar.
Neste momento só quero que o meu querido filho supere este namoro de 3 anos e seja feliz.
O coração de mãe doi e doi muito mesmo....
Não digam que não...

sábado, 28 de agosto de 2010

O Aníbal

O Aníbal ou o Didi como lhe chamamos é o gato de estimação da minha irmã...
Já viram como ele é lindo?


quinta-feira, 20 de maio de 2010

O Bruno

Este é o meu Bruno, o meu caçula....

O meu Bruno

O Bruno e a Katie em Paris
Fico sempre com o coração nas mãos quando o meu filhote vai para a Alemanha.
Hoje é mais um desses dias. Tenho um nó no estomâgo, um aperto tão grande no peito que parece que me falta alguma coisa.
Não é por ser o mais novo é mais o pânico que apanhei desde o 11 de Setembro, esse dia tão fatal e trágico para milhares de pessoas, e agora mal me falam em viagens de avião fico assim.
Em pânico, por pensar e ser possuída por pensamentos tão dramáticos como a morte.
E sem o meu filho meu Deus, é que nem quero pensar em viver.
Fico a pensar no que as pessoas devem sentir ao saberem ou ao perceberem que o avião vai cair. Que a morte está iminente.
O pânico antes da morte.
è isso que sinto qundo o meu filho vai viajar. Ele todo feliz porque vai ter com a Katie a namorada, e eu a morrer por dentro num sofrimento atroz. Até ele chegar e me ligar a dizer: "Cheguei maezinha gorda"
E à noite dou comigo a imagunar todo este pânico que me tira o sono e então aí rezo a Deus e à Nossa Senhora de Fátima por ele.
Nestas alturas todos nos lembramos de apelar a alguém superior.
E que os meus entes falecidos olhem por ele também.
Que Deus acompanhe o meu filhote, que amo com loucura.
Rezo por ele e por todos que o acompanham na viagem.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Os meus animais - O Ricky

Já vos tinha falado do meu Ricky, que já faleceu. Mas encontrei mais umas fotos dele. Ele merecia estas postagens. Era um cão doce como o mel. Só me pergunto como alguém pode abandonar assim os animais....


E já viram onde dormia a minha Ninja???? Adorava estar debaixo do Ricky. Vejam só a paciência do Ricky.

Os animais dos meus filhos - 1

A Pita é uma pitbul. Pertence ao meu filho Marco. Foi lá para casa, depois de ter sido posta à venda numa loja e como não os vendiam (eram 3 na loja) ficou desidratada e veio tão magrinha que metia dó. Para além dela a irmã ficou para a minha irmã Teresa e a outra irmã para a cunhada da minha irmã. Foram ambas para Tomar e estão lindas. O mais engraçado é que são todas diferentes.

Olha pa mim com ela....
Quando o meu filho está de férias sou eu que tomo conta dela... É uma maricas....

Os meus animais - O Pepe

Mostrei-vos imagens do Meu Pepe com o Ricky. Estas são só do Pepe. O meu cãozinho mais lindo da sua dona... É um mimado...
Olhem para este focinho de descarado...

Olhem só para o descaradão... só quer festinhas...
E petiscos??? Guloso... E adora uma boa fruta...
Olha pa ele à espera...

Os meus animais - a Setefie

A minha chinchila veio para a nossa casa por um impulso do meu Bruno. Queria um bichinho de estimação para ter no quarto. Uma amiga da minha filha ia para fora e então como não sabia o que lhe havia de fazer deu-a ao Bruno. Veio nessa gaiola e era de facto um problema quando se lhe queria dar banho. Tinhamos de a tirar da gaiola e pô-la no chão para ir para o seu alguidarzinho tomar banho. Sim, porque elas tomam banho em areia sabiam? É um espectáculo. A pobre lá viveu durante uns tempos na sua gaiola no quarto do Bruno. Até que achámos que ela assim não estava bem. O meu marido fez-lhe um habitat espectacular. Ainda não tenho fotos mas vou tirar e mostrar-vos. Vive feliz e radiante agora.

Os meus animais - A ninja

Esta é a minha Ninja... Já a tenho há diversos anos e agora anda toda feliz com o lago que o meu marido lhe fez. Adora passear pela casa toda, conhece os cantos todos à casa. Para além disso adora se encostar ao radiador, quendo está frio. O Pepe é que leva com ela diversas vezes no seu bebedouro, porque como sabe onde está tudo enfia-se dentro dele. Bebe da água do Pepe e come da ração das gatas... Acham possível? E adora um bom bocadinho de carne crua, para além dos seus camarões que come, mas não é o petisto predilecto.

Olha pa ela toda contente...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Os meus animais - Natacha e Woody

Estas são as minhas velhotas... Esta é a Natacha que encontrei abandonada, quando deitaram as barracas que haviam em Moscavide a baixo. As pessoas arranjaram casa e os animais ficaram. Com a destruição das barracas para fazerem o Mercado de Moscavide houveram muitos animais que morreram debaixo das máquinas ou dos destroços. Eu ia levar água e comida todos os dias aos que sobreviveram. Esta dormia em cima de um bocado de alcatifa e tinha uma perna completamente dilacerada pelas máquina. Quando me via chegar levantava-se sem poder arrastando a perna magoada e vinha ter comido, roçando-se nas minhas pernas. Um dia não aguentei mais e disse-lhe, como se ela me percebesse, olha miúda se queres vir para minha casa vem comigo. E acreditem! Levantou-se como se me percebesse e veio atrás de mim! Nem me queria acreditar!... Agarrei nela e levei-a comigo! Foi imediatamente para o veterinário que a tratou, cozeu-lhe as feridas e foi para minha casa. Nunca vi gata tão agradecida! É a minha velhota e gordita, porque também a mandei operar para não ter gatitos e ficou gordita. Tem uns olhos lindos e meigos.

A outra é a Woody. Era uma gatinha que uma colega minha me deu em bébé porque o marido a maltratava. Nunca foi um animal muito meigo. Compreende-se né?
Teve o nome de Woody porque julgava que era um gato, até ir muito aflita ao veterinário, quando me apareceu com uma barriga enorme, julgando que tinha sido envenenada e o veterinário me disse: Cara amiga sente-se. Porque o Woody é uma Woody e está pranha.
Ia caindo para o lado. Tive tantos animais e nunca me tinha acontecido nada assim. Ela como não se deixava mexer, não tive muitas hipóteses de lhe ver o sexo e então acreditei na minha colega.
Também foi operada e nunca teve filhos. São muito amigas, embora a Natacha seja a dona do pedaço...
Agora começa, talvez por já ser mais velha, a aproximar-se mais dos seres humanos e a deixar-se mexer, sobretudo pelo meu marido e tem uma paixão louca pelo Pepe, assim como tinha pelo Ricky... Roça-se toda neles a miar... O Pepe lá a deixa vir, mas mal atravessa o limiar da porta ladra-lhe logo... O Ricky é que era um pachorrento e lá a deixava ficar...